sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

dos mil doce

É, foi-se 11, entra o 12. Um atrás do outro, um depois do outro. Tá na hora de dar sequência.

Este é o último ano até o próximo século em que é possível fazer "piada" ou brincar com as datas. E também dizem que é o último ano e pronto.

Dá na mesma. Eu não fiz nenhum post meloso no final do ano, muito menos na virada. Será agora a hora certa de faze-lo? Acho que não.

Ou talvez sim. Esses dias eu andei pensando em muita coisa. Em gente que passou pela minha vida, pessoas de quem sinto falta, pessoas que se tornaram importantes pra mim nos últimos anos e pessoas importantes que sumiram da minha vista. Pensei em tudo o que fiz nos meus parcos 24 anos de vida, todas as coisas que "aprendi", os lugares por onde passei, as viagens que fiz, as ceias de Natal e as de Reveillon.  Eu não sei se é essa coisa toda de promessa/resolução de ano novo, se é esse espírito de "deixar as coisas para trás e começar de novo" ou se fui contaminado pelas restrospectivas que fiz em meio a conversas e desabafos com meus melhores amigos; talvez seja simplesmente o peso de mais um ano sobre os ombros, ou a aproximação dos 25, quem sabe mais um aniversário de solteiro ou o iminente fim do meu "ano sabático".

E então eu penso em tudo o que eu deixei de fazer, todas as promessas que nunca cumpri, as expectativas que gerei nos outros e não correspondi. E por mais que me doa pensar isso, eu acho que ano passado eu fiz o que sempre quis fazer e nunca tive muita coragem: ligar o foda-se de verdade. Eu fiz o que queria fazer sem ligar muito para o que os outros pensam, tentei buscar fazer aquilo que me agradava, que me deixava feliz. Fui um puta cara egoísta.

Claro que isso não é muito legal, mas quer saber? Eu tava precisando disso. Sempre me preocupei com o que os outros pensam/falam a meu respeito, sempre me policiei para não "magoar" ou "decepcionar" os outros; sempre tentei agradar a todos e ser visto como um "bom rapaz", sempre tentei provar de alguma forma que eu tenho um "código", que tenho "honra", que tenho princípios e sou leal a eles. Sempre tentei ser o que os outros esperavam de mim (família, amigos, namoradas e afins, chefes e colegas de trabalho, etc). Mas isso é impossível. Por melhor que seja sua intenção, você sempre fará algo que desagradará alguém em algum momento - e talvez você nem perceba. Mas o pior de tudo não é perceber que você decepciona os outros, é perceber que você decepciona a si mesmo. Então minha resolução para esse ano é não me decepcionar.

Tem sido um grande exercício para mim colocar tudo o que eu penso em prática. Cada idéia boba, cada plano mirabolante, cada sonho impossível. Se tem uma coisa que eu quero REALMENTE fazer esse ano é executar mais do que planejar - ou no mínimo, na mesma proporção.

Acho que aos poucos, pelos extremos e exageros, a gente aprende achar o centro, o equilíbrio. Que esse ano eu consiga encontrar meu centro e transitar saudavelmente entre ele e meus extremos.

Um ano do caralho para vocês!

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